Às mulheres!


Quanto mais converso e interajo com mulheres, maior se torna minha admiração por elas.

Quando estamos sob o sexo masculino é comum esquecer ou mesmo nem saber todas as dificuldades físicas, fisiológicas e até sociais que estas enfrentam.

Teremos aliás, apenas, uma ideia do que elas passam no dia a dia, longe de ser uma experiência efetiva, já que nossas limitações masculinas inibi qualquer possibilidade de empatia por completo.

No entanto, carrego como princípio de vida, total respeito com este público, visto que não fossem elas, nem estaria aqui quem vos escreve, tampouco qualquer outra pessoa.

A verdade é devemos muito para todas as mulheres existentes. Isso é um dever para podermos ao menos amenizar todas as discriminações, injustiças que suas antecessoras sofreram, apesar de ainda ser muito atual estas questões camufladas por principalmente homens que as acham irrelevantes.

Meus agradecimentos, portanto, para as mulheres, se baseiam em serem gestoras de tantas vidas, em serem portadoras de nutrientes alimentar, em serem tão guerreiras apesar de serem exigidas ao máximo quando sofrem de cólica, em serem ridicularizadas como inferior ao homem, em serem reconhecidas apenas como dona de casa, em possuir altos gastos estéticos e ainda assim se manterem por vezes com um lindo sorriso no rosto.

Para tanto, só as tenho três palavras:

Muito obrigado, mulheres!

Texto escrito por Gabriel Silva.


Homenagem ao Lohan Motta


Convidativo a uma boa partida de futebol,

Lohan Motta, irrita seu adversário com os braços,

mas com os pés,  o surpreendia,

pois fazia o inacreditável.


Improvisava bons dribles,

aplicava bons passes,

fosse de chapa ou de letra,

adversário tentava,

mas era impecável sua esquerda.


Seu jeito de jogar era encantador.

Quando você menos esperava,

tava lá.

Tinha deixado mais um na cara do gol.


Na beira da quadra 

ouvia os comentários no banco:

“Que bola” – “Que passe” – “Calma, ele vai desequilibrar”

Confesso que como técnico

me perdia nas análises do jogo

pois fica encantado

“assistindo” o Lohan jogar.


No campo, o classificavam como armador

ou até aquele “10” clássico.

Na quadra, diziam ser o rabisqueiro,

mas ele gostava mesmo 

é que o chamasse de chato,

de folgado e marrento.


Marra essa que levava o futebol

como o primeiro.

O futebol também o levou,

desde Ubatuba, Minas Gerais até o Rio de Janeiro.


Rio de Janeiro que foi onde seu sonho se pontencializou.

Dentro de uma equipe profissional,

levou Ubatuba para os cariocas,

de quebra,

ao Cristo Redentor.


A imprevisibilidade

foi uma característica que no futebol o marcou.

Imprevisível também se tornou sua vida quando voltou.

Já não vestia society ou chuteira.

Substituiu por trajes refinados,

cujos pertences era duvidoso a procedência.


Duvidoso também, foi sua ida do mundo dos vivos.

Como que um menino “mal”,

como alguns começaram o chamar 

virou manchete de jornal?


Manchete que anunciava

a doação de seus órgãos 

a 3 pessoas desconhecidas.

E apesar de terem tirado a sua,

deu a eles a possibilidade da vida.


Por isso,

ao falar de você,

direi convicto da pessoa admirável que foi

e das coisas boas aqui feito.


Do mais,

a você, Lohan,

máximo respeito!


Vai com Deus!



Lohan, foi um jovem ex-aluno do Projeto Joga Mais , apaixonado por futebol. Neste ano de 2022 (ano de sua morte) completaria 20 anos de idade. 

As circunstâncias o fez partir precocemente, porém será sempre lembrado por nós.